terça-feira, 24 de janeiro de 2017

ODE A LENDA DA GRALHA AZUL E O JOÃO DE BARRO

Cordel
Por Luiz dos Passos

Das revoadas friorentas entre réstias de sol
Minhas penas acinzentadas, Envaidecida no arrebol.
Quisera eu ser a mascote, representante do sul
Ter orgulho, que fazer, quisera ser uma gralha azul.
Um pedido em uma prece, uma quimera
Mas um grão de pinha foi o sinal seguido
Para a ascensão da minha coroação, quem me dera.
Ao lapidar fibra polido, manjar fino degustei,
Como joia preciosa quis guardar, no solo fértil
E a mesma, mesmo ali não a encontrei, só um deserto
O tempo foi passando, e em mim brotou a esperança
Como um sonho de criança vi  crescer
Verdes ramos , era ela, foi tudo que mais sonhei
Araucárias enfileiradas, como soldados imaginei
Como recompensa subi ao céu e vi minhas penas
Em um azul celeste consagrado
Pelo reflorestamento voluntario, não planejado
Eis ai nossa beleza, minha beleza exaltei
Meu sonho pardo realizado.

ODE AO JOÃO DE BARRO

NAS RUAS DE CURITIBA, PARECE MOTE OU UM SARRO
UMA AVE PASSA DESPERCEBIDA
ESSE É O CONSTRUTOR JOÃO DE BARRO
ESSE SIM TRABALHA MUITO
MAS NÃO DÃO O SEU VALOR
NÃO ENTERRA PINHA NO SOLO
MAS É O MAIOR CONSTRUTOR
POIS QUEM TRABALHA NÃO É VISTO
É VISTO QUEM CRIA LENDAS
A LENDA PASSA SE EXTINGUE
MAS O CONSTRUTOR TEM A SUA TENDA
ELE ESTA POR TODA A PARTE
E O MARROM É SEU ORGULHO
ONDE NUNCA QUIS SER AZUL
ELE EXISTE ENTRE O BARULHO
QUEM SABE UM DIA O JOÃO DE BARRO
ENCONTRE A GRALHA AZUL
E AMBOS DE ASAS DADAS
SEJAM AS REPRESENTANTES DO SUL.

Nenhum comentário:

Postar um comentário